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Chegamos em Setembro, mas o que queremos dizer quando falamos de Setembro Amarelo?

Elaine A. R. Reis (CRP/SP: 06/112870) e Nayara dos Santos (CRP/SP: 06/129343), Psicólogas e voluntárias em ações de prevenção ao suicídio e valorização da vida em Araras/SP desde 2016.

Durante todo mês de Setembro, desde o ano de 2014 no Brasil, vemos inúmeras iniciativas para conversar sobre o suicídio e valorizar a vida, mas é importante ressaltar que essas iniciativas devem perdurar por todo o ano, em todos os dias.

A campanha do Setembro Amarelo visa instigar nossa sociedade da real problemática em
Saúde Pública referente aos crescentes casos de tentativa e consumação do suicídio em nosso pais, onde os dados epidemiológicos apresentados pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e pelo Ministério da Saúde no ano de 2014 apontam que 6,1/100.000 habitantes consumam o suicídio, sendo no Brasil, cerca de 30 pessoas por dia e no mundo uma morte a cada 40 segundos e um atentado contra própria vida (como comportamentos de automutilação, dirigir em alta velocidade com desejo da ocorrência de um acidente, abuso de drogas licitas e ilícitas sem recomendação médica, etc.), a cada três segundos, apresentando uma crescente entre adolescentes e idosos, porém, todas as pessoas podem planejar, tentar e consumar o suicídio, sendo mais recorrente as tentativas em mulheres e a morte em homens.

É importante compreender que em inúmeros momentos experimentaremos a tristeza
e o desamparo, mas, dependendo da fragilidade emocional e do contexto vivenciado,
podemos entrar em crise, sendo essa considerada a inabilidade em resolver problemas,
aumento da ansiedade, desequilíbrio emocional, podendo levar a considerar a morte como solução para os problemas, por isso é importante estar atendo as falas como: “eu quero sumir”, “morrer é a solução”, “nada pode resolver esse problema”, uma vez que isso demonstra a dificuldade em pensar alternativas ao contexto. Em geral, quando pensa-se,  planeja-se e/ou atenta-se contra a própria vida o desejo não é extinguir a vida, mas eliminar a dor.

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Ainda é dado que 90% da população que planeja, tenta ou consuma o suicídio sofre
de algum transtorno mental, sendo o mais aparente a depressão, acompanhado de transtornos de personalidade, abuso de álcool e outras drogas, dentre outros, por isso o acesso a Saúde Mental, e principalmente a quebra do estigma de que frequentar Psicólogos ou Psiquiatras, já que, na verdade, esses são os profissionais preparados e qualificados para o cuidado emocional e cognitivo.

Assim, o Setembro Amarelo se faz o ano todo. Se você conhece alguém, ou se você
pensa, já tentou o suicídio ou atenta contra a própria vida busque auxilio profissional nos
Postos de Saúde ou em Centros de Atenção Psicossocial (CAPS), Hospitais Gerais, no Centro de Valorização da Vida (CVV) ligando gratuitamente para o 188, e em emergências para 192 ou com profissionais qualificados para escuta e acolhimento.
Para maiores informações acesse o folheto do Ministério da Saúde, 2017, “Suicídio:
saber, agir e prevenir”, disponível no      link:  http://portalarquivos.saude.gov.br/images/pdf/2017/setembro/21/folheto-popula—-o.pdf, e conheça mais a importância de falar sobre o assunto para prevenir e promover a Saúde Mental.

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