Amazonas: após alta de casos, Justiça manda suspender atividades não-essenciais
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![Protesto em Manaus por causa do fechamento do comércio pelo governo estadual Protesto em Manaus por causa do fechamento do comércio pelo governo estadual](https://statig1.akamaized.net/bancodeimagens/93/ur/jm/93urjmphm4grzq07kk32g8h1k.jpg)
No recrudescimento das curvas de casos e mortes no Brasil nas últimas semanas, o estado do Amazonas tem sido um dos locais com forte retomada da pandemia com infecções e óbitos decorrentes da Covid-19. Por isso, a Justiça do Amazonas determinou, neste sábado (2), a suspensão total das atividades consideradas não-essenciais pelo prazo de 15 dias.
Já as atividades consideradas essenciais poderão funcionar desde que adotem medidas que impeçam a aglomeração de pessoas. A multa diária em caso de não cumprimento das medidas é de R$ 50 mil, que será aplicada ao governador Wilson Lima.
Saúde em alerta
No dia 1º de dezembro de 2020, a autoridade estadual de Saúde registrava 4.896 mortes acumuladas, quatro nas últimas 24 horas e 411 pessoas internadas. No dia 1º de janeiro de 2021, as vidas perdidas para a pandemia subiram para 5.295. Entre o último dia de 2020 e o primeiro deste ano, o número de novas mortes foi de 12, o triplo do registrado há um mês.
As câmaras frigoríficas, usadas para armazenar os corpos de mortos durante o primeiro pico da doença , voltaram a ser instaladas nos hospitais.
No dia 31 de dezembro, a quantidade de internados ficou em 814. O total corresponde a quase o dobro do quadro do inicio do mês. O número de novas hospitalizações diárias saiu de um patamar de cerca de 30 no início de dezembro para 120 na virada do ano. No dia 1º de janeiro, a taxa de ocupação dos leitos adultos estava em 81,4% e da rede privada, em 93,6%.
Fechamento do comércio pelo governo
O governador Wilson Lima já tinha tentado fechar o comércio no estado. Ele publicou um decreto que impedia atividades consideradas não-essenciais que entraria em vigor em 26 de dezembro. Mas, a medida não teve sucesso. Isso porque uma multidão foi às ruas para protestar contra o fechamento das lojas. Empresários e comerciantes criticaram governo por ter publicado decreto durante vendas de fim de ano. O trânsito chegou a ser isolado nos arredores da casa do governador, após manifestantes ameaçarem depredar o local. Com a pressão exercida pelos comerciantes, o governador recuou e liberou o funcionamento das atividades não essenciais, com apenas algumas restrições de horário.
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