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Morre em São Paulo, aos 86 anos, o ator e dramaturgo Zé Celso Martinez

Foto: José Celso Martinez/Instagram

Ele estava na UTI desde terça, após um incêncio em sua residência

Morreu na manhã desta quinta-feira (6) o ator e dramaturgo José Celso Martinez Corrêa, conhecido como Zé Celso.

Ele tinha 86 anos e estava internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital das Clínicas, na capital paulista, desde terça-feira (4) após um incêndio ter atingido o apartamento em que morava. O fundador do Teatro Oficina teve 53% do corpo queimado, além de inalar fumaça.

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Em suas redes sociais o Teatro Oficina Uzyna Uzona confirmou a morte de Zé Celso com a citação “Tudo é tempo e contra-tempo! E o tempo é eterno. Eu sou uma forma vitoriosa do tempo” e dizendo que “nossa fênix acaba de partir para a morada do sol”.

José Celso Martinez Corrêa  nasceu em Araraquara no ano de 1937. Em 1955 entrou para o curso da Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo, profissão que nunca exerceu. Entretanto no período em que esteve no Largo São Francisco formou o Teatro Oficina e foi ali  que seus primeiros textos Vento Forte para Papagaio Subir (1958) e A Incubadeira (1959), foram encenados.

No início da década de 60, ele se profissionaliza, e a sede do grupo é transferida para o teatro da Rua Jaceguai, onde três anos depois Zé Celso dirigia Pequenos Burgueses, de Máximo Gorki, peça de sucesso que ganhou diversos prêmios, mas que foi censurada no ano seguinte, quando o Brasil mergulhou na ditadura militar. Após um incêndio, o teatro da Rua Jaceguai foi reformado e a primeira montagem dessa nova fase foi O Rei da Vela, em 1967, com base num texto escrito por Oswald de Andrade na década de 30, também encenada por Zé Celso.

A partir de 1968, o grupo monta Roda Viva, Galileu Galilei e Na selva das cidades. Depois disso, Zé Celso se dedicou ao filme O Rei da Vela e enfrentou um período de crise, sofrendo com a repressão. Em 1974, chegou a ser preso, sendo solto depois de 20 dias, e se exilou em Portugal, onde fez o filme O Parto, por ocasião da Revolução dos Cravos. No ano seguinte, foi a Moçambique, onde filmou a independência do país. Zé Celso voltou para São Paulo em 1978 e retomou o trabalho à frente do Oficina.

Nos anos 80, o ator e diretor fez um intervalo nas produções, mas passou a lutar pela permanência da companhia no local, onde já havia se consolidado, já que, em 1982, o dono do quarteirão onde o imóvel está localizado, o Grupo Silvio Santos, anunciou a construção ali de um shopping center, gerando mobilização dos artistas junto à sociedade civil e autoridades governamentais. O tombamento do espaço cênico do Oficina como patrimônio histórico da cidade de São Paulo contribuiu para a resistência contra os objetivos do grupo.

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