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Homem de 60 anos pode ser o sétimo caso de cura do HIV

Foto: Agência Aids/Ministério da Saúde

Um homem de 60 anos pode ser o sétimo caso de cura do HIV, segundo anúncio de cientistas e médicos na véspera da 25ª Conferência Internacional sobre Aids. O paciente, que recebeu um transplante de células-tronco para tratar uma leucemia em 2015, está livre do HIV detectável há quase seis anos, desde que interrompeu o tratamento em setembro de 2018.

Christian Gaebler, professor de imunologia translacional de infecções virais na Universidade Médica e Hospital Charité, em Berlim, afirmou que não há sinais de HIV remanescente no homem. Diferentemente de outros casos, ele recebeu apenas uma cópia de um gene raro, enquanto os demais pacientes receberam uma sequência completa dessa mutação.

Os cientistas preferem chamar o caso de “cura potencial” devido à necessidade de acompanhamento permanente e cauteloso para evitar equívocos. Esse sétimo caso ocorreu porque o paciente alemão recebeu células-tronco de um doador imune ao HIV.

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O homem foi apelidado de “próximo paciente de Berlim”, em referência a Timothy Ray Brown, a primeira pessoa curada do HIV após um transplante de células-tronco. Brown permaneceu em remissão sem tratamento por mais de uma década, até sua morte em 2020, devido a uma leucemia.

A maioria dos pacientes, incluindo Brown, recebeu células-tronco de um doador com duas cópias de uma mutação genética rara que torna as pessoas naturalmente resistentes ao HIV. Sharon R. Lewin, presidente da Sociedade Internacional de Aids, explicou que essas pessoas são homozigotas e essencialmente imunes ao HIV.

Diferentemente de Brown e de outros pacientes, o homem alemão recebeu um transplante de um doador heterozigoto, que possui apenas uma cópia da mutação, dificultando a entrada do HIV nas células humanas. Isso sugere que pode ser possível curar o HIV com um transplante de células-tronco de um doador com apenas uma cópia da mutação.

Apesar deste sétimo caso bem-sucedido, os especialistas alertam que o transplante de células-tronco não garante a cura para o HIV. Segundo os médicos, é uma decisão arriscada e cara, nem sempre viável, sendo necessário avaliar cada caso individualmente.

Christian Gaebler destacou a cautela, afirmando que é preciso tratar como uma cura potencial, pois nunca há 100% de certeza. “O que é notável em nosso caso é que estamos vendo isso após quase seis anos em remissão”, disse ele.

Apesar da cautela, Gaebler está otimista sobre o futuro e a cura do HIV. “Estou muito otimista de que eventualmente haverá uma cura. Pessoalmente, como cientista, ver que esses casos são possíveis me dá esperança. Meu sentimento é que a comunidade sente o mesmo”, declarou ao Healio.

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