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Doença de Chagas: Transmissão, tratamento e prevenção

Foto: José Felipe Batista/Comunicação Butantan

A doença de Chagas, uma das Doenças Tropicais Negligenciadas pela Organização Mundial da Saúde (OMS), afeta principalmente pessoas em situação de vulnerabilidade social. Estima-se que a América Latina registre cerca de 30 mil casos anuais, com 10 mil deles resultando em óbito, segundo a Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS).

Transmissão

A doença de Chagas é causada pelo protozoário Trypanosoma cruzi, transmitido principalmente pelos insetos triatomíneos, conhecidos como “barbeiros”. No Brasil, as espécies Triatoma infestans e Triatoma brasiliensis são as que representam maior risco epidemiológico. O parasita é transmitido através das fezes ou urina do inseto, que são introduzidas no corpo humano quando a pessoa coça o local da picada.

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Outro método expressivo de contágio é por via oral, através do consumo de alimentos contaminados por parasitos provenientes de barbeiros ou suas fezes. A transmissão também pode ocorrer de mãe para filho durante a gravidez ou parto, através de transplante de órgãos ou por acidentes laboratoriais.

Sintomas

Na fase aguda, os sintomas podem ser inespecíficos, como febre, dor de cabeça, inchaço no rosto e pernas, fraqueza e um nódulo na região da picada. Um dos sinais mais característicos é o sinal de Romaña, um edema em uma das pálpebras. Sem tratamento adequado, cerca de 30% dos infectados podem desenvolver complicações crônicas, como problemas cardíacos ou digestivos, anos após a infecção inicial.

Diagnóstico e Tratamento

O diagnóstico é feito através de exame de sangue, disponível gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS). O tratamento na fase aguda é realizado com o medicamento benznidazol, também oferecido pelo SUS. Na fase crônica, o tratamento é mais complexo e deve ser avaliado individualmente, devido aos riscos de complicações.

Prevenção

A prevenção da doença de Chagas envolve principalmente o combate ao inseto vetor e o investimento em saneamento básico de qualidade. Barbeiros podem se esconder em frestas de paredes, atrás de móveis, em galinheiros e estábulos. Repelentes comuns, como aqueles à base de icaridina ou DEET, não são eficazes contra esses insetos. A concentração necessária de DEET para repelir barbeiros seria tóxica para humanos.

Caso encontre um barbeiro, não toque nele. Procure atendimento médico e entre em contato com o centro de zoonoses regional. Em São Paulo, a recomendação é ligar para o número 156.

A conscientização sobre a doença de Chagas e suas formas de transmissão é fundamental para a prevenção e controle dessa enfermidade que, embora curável, ainda representa uma grave ameaça para milhões de pessoas na América Latina.

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