Um menino de 11 anos ficou gravemente ferido após cair do telhado de uma igreja em São Vicente, no litoral de São Paulo. Segundo a mãe do garoto, Guilherme Gonçalves Carvalho, o acidente ocorreu no dia 9 de maio, quando ele subiu no telhado para pegar uma pipa e despencou de uma altura de aproximadamente 3 metros após as telhas racharem.

Adriana da Silva Gonçalves, de 46 anos, mãe de Guilherme e auxiliar de limpeza, estava trabalhando no momento do acidente e soube do ocorrido por telefone. Guilherme estava brincando perto de casa, no bairro Cidade Náutica, quando viu a pipa cair no telhado da igreja na esquina e decidiu subir para pegá-la. “Eu já tinha alertado sobre os riscos de subir no telhado. Como ele é pequeno e não está acostumado, a telha trincou com o peso dele e ele caiu dentro da igreja”, explicou Adriana.

Guilherme foi socorrido e levado ao Hospital do Vicentino, mas a mãe criticou a demora no atendimento especializado. Segundo Adriana, a unidade demorou a encaminhar Guilherme para especialistas como ortopedistas e otorrinolaringologistas. O menino perdeu a audição do ouvido esquerdo e só passou por exames no joelho após muita insistência da família.

Apesar disso, Guilherme recebeu alta em 13 de maio, com a justificativa de que a tomografia não apresentou alterações. No entanto, a família acredita que é necessária uma investigação mais detalhada para identificar a causa da perda de audição. “Um dos médicos disse ao meu esposo que ele ia levar pelo menos 15 ou 20 dias para voltar a ouvir. Ele precisava de um exame mais específico”, disse Adriana. Desde então, Guilherme está à base de analgésicos e não recebeu tratamento para fazer em casa.

A família saiu do hospital sem um diagnóstico definitivo, apenas com encaminhamentos para médicos especialistas. Enquanto aguardam as consultas, Guilherme continua sofrendo com dores. “Tem dia que ele está bem, tem dia que sente muita dor”, disse Adriana, que está afastada do trabalho para cuidar do filho.

Em uma consulta com a pediatra na última sexta-feira (17), a médica analisou os exames e suspeitou de traumatismo cranioencefálico, trauma no aparelho auditivo e fratura no joelho esquerdo. Ela pediu urgência no atendimento de Guilherme com um otorrinolaringologista, um neuropediatra e um ortopedista (veja abaixo).

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