Neste momento, o fotógrafo cego brasileiro João Maia está cobrindo os Jogos Paralímpicos em Paris, uma prova de sua determinação e talento. João, natural do Piauí, está na sua terceira edição dos Jogos Paralímpicos, e sua trajetória é um exemplo de superação e paixão pela fotografia.

Diagnosticado com uveíte bilateral aos 28 anos, João perdeu a visão total de um olho e teve a visão reduzida no outro. Apesar do desafio, ele não abandonou o sonho de ser fotógrafo. Nos anos 90, ainda na adolescência, João começou a se interessar por fotografia com uma câmera de plástico. Mesmo sem condições para adquirir equipamentos profissionais, ele se dedicou a aprender sobre a técnica e a capturar momentos com o que tinha.

Em 1995, João mudou-se para São Paulo e iniciou sua carreira profissional na fotografia. No entanto, a descoberta da doença e a perda de visão não o impediram de continuar a seguir suas paixões. Aos 33 anos, João se tornou atleta e, mesmo com o sucesso nas competições, a fotografia permaneceu como seu verdadeiro desejo. A oportunidade de unir suas duas paixões surgiu quando ele entrou em contato com o Movimento Paralímpico.

João teve a chance de participar dos Jogos Paralímpicos do Rio 2016 e de Tóquio 2020, sempre acompanhado por sua amiga e jornalista Luciane Tonon. Em Paris, ele atua como embaixador da Fundação Dorina Nowill e continua a inspirar com seu trabalho. Suas fotos do Goalball feminino já estão publicadas no Instagram, mostrando o talento e a dedicação de atletas paralímpicos.

Em Paris, João destaca a camaradagem entre os fotógrafos, que são solícitos e prestativos, ajudando-o a ajustar seu equipamento. Mesmo com a ausência de seu assistente habitual, a colaboração de outros profissionais tem sido fundamental para seu trabalho.

João Maia não é apenas um fotógrafo talentoso, mas também um símbolo de inclusão e respeito. Ele utiliza sua arte para promover a visibilidade do esporte paralímpico e inspirar jovens a perseguirem seus sonhos, mostrando que é possível superar obstáculos e alcançar objetivos.

Seu trabalho vai além da captura de imagens; é uma mensagem poderosa sobre a importância da inclusão e a capacidade do esporte de transformar vidas. João Maia continua a brilhar, levando a todos a mensagem de que a determinação e a paixão podem superar qualquer desafio.

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