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Prédio abandonado em frente ao NAM volta a trazer desconforto para moradores do Jd. Portugal

Vizinhança alega que tiveram casas sondadas durante a madrugado por luzes vinda do alto da edificação

Há 24 anos, foram começadas as obras de um residencial, considerado moderno para época, com diversos atrativos de lazer para adultos e crianças, segmentado para população de classes A e B do munício, que se tornou dor de cabeça para os compradores e moradores do arredor, pois as obras não chegaram a serem concluídas e,  a estrutura de um dos prédios que ficou inacabada, a única começada, coleciona diversas ocorrências desagradáveis. O “prédio abandonado”, como é chamado pela vizinhança, está localizado na Rua 6, em frente ao NAM.

Um vizinho do prédio, que pediu discrição, nos contou que no decorrer dos anos, sempre houveram problemas relacionados com o prédio, que as autoridades tomaram apenas medidas provisórias, mas nunca atenderam as soluções solicitadas. “A estrutura sempre causou problemas e desconforto para os moradores da região. Não só pela poluição visual, mas principalmente o sentimento de insegurança, pois a estrutura oferece condições para aglomerações de usuários de entorpecentes e até de possíveis assaltantes, que conseguem facilmente sondar nossas residências do alto da construção”, explica.

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O rapaz veio a salientar a apropriação durante meses por “famílias” desabrigadas e que aparentemente, algumas pessoas passaram a comercializar drogas, pois existia movimentação que indicava o tráfico e, inclusive foram feitas diversas batidas realizadas pela PM. “Na época em que pessoas passaram a morar em alguns apartamentos, adultos e crianças, acredito que famílias, provavelmente alguns se aproveitaram da situação e passaram a vender drogas, pois havia um entra e sai de pessoas que não faziam parte da comunidade ali instalada. A polícia militar esteve por diversas vezes no local”, diz.

Em tom de desabafo, disse ainda que os problemas trazidos pelo prédio à comunidade não são novidades para ninguém. “Durante um tempo, a GCM realizou treinamentos de rapel no lugar. Você acha que ninguém ali calculou o risco que uma construção inacabada e totalmente acessível oferece para a população? Não só em relação à segurança em termos de assaltos e local propício para criminosos se esconderem, mas ainda a periculosidade que a estrutura de um prédio inacabado oferece para quem as visita. Com certeza os órgãos que realmente podem resolver a situação, receberam essas informações”, lamenta.

Outra moradora da vizinhança, Rosana, professora aposentada, lembrou de um episódio triste, sobre um homem que se atirou do último andar. “O que me marcou muito entre todos os acontecimentos, foi o de um rapaz esquizofrênico. Ele residia em um bairro próximo, o BNH, e segundo meu filho, que tinha contato com a família, ele veio a se atirar do alto do prédio por acreditar que conseguiria voar, pois no seu último quadro, estava fazendo alusões a super-heróis”, comenta.

Após o acidente, o térreo teve as portas e janelas lacradas e em um segundo incidente, por apropriação imprópria, foi demolida a estrutura construída para realizações das vendas dos apartamentos. Apesar das medidas, ainda não foi possível erradicar as ocorrências de invasões, pois ficou evidenciado por relatos de vizinhos e visita ao local, que ainda existem pessoas fazendo uso do local como moradia. Outro fato que veio a assustar os moradores da região, foram luzes vindas de cima do prédio iluminando as casas localizadas na Rua 5 particular e na Avenida 46, em horário avançado da noite.

Conversamos com o presidente do 3º Conseg Cidade Azul e da Associação de Moradores da Vila Operária, Jardim Portugal e Jardim Primavera (AMOPP), Iuri David Antonio, e ele salientou que em diversas ocasiões, conversou com a SEPLADEMA (Secretaria de Planejamento, Desenvolvimento e Meio Ambiente) com o objetivo de obter soluções para o abandono do prédio. No ano passado, 2016, a responsável por uma das diretorias da pasta alegou que se houvesse moradores no local, nada poderia ser feito pela Sepladema e que o caso teria que ser analisado pela Ação Social e só depois tomariam as devidas providências”. Diz ainda, que a AMOPP planeja, no decorrer deste ano, entrar com uma ação civil pública junto ao Ministério Público. “ Existem relatos de moradores que se mudaram da região devido ao sentimento de insegurança que a construção transmite ao local. Estamos nos articulando para que o poder público municipal e os proprietários do prédio e do terreno tomem alguma providência” comenta.

Levamos os relatos dos moradores vizinhos do prédio para os órgãos competentes e até o momento da publicação, ainda não obtivemos respostas. Daremos continuidade ao assunto conforme formos recebendo novidades sobre medidas a serem tomadas.

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